Floriano Peixoto
O Marechal de Ferro
Floriano Peixoto foi um colecionador de epítetos – “Marechal de Ferro”, “consolidador da República”, “a Esfinge”, “Marechal vermelho”, “Robespierre brasileiro”. Só essa coleção heterogênea de apelidos já dá uma ideia do quão complexa e contraditória é a figura do segundo presidente brasileiro.
Ele foi muitas coisas: soldado obediente na Guerra do Paraguai e membro da conspiração de 1889; voz moderada durante a crise do governo Deodoro e, meses depois, um líder bem mais autoritário do que seu antecessor. Era um homem discreto, mas inspirou o primeiro movimento popular de apoio a um político republicano.
Com uma trajetória dessas, não é surpresa que o legado de Floriano tenha sido reivindicado por figuras tão distintas quanto o comunista Luís Carlos Prestes e o presidente militar Arthur da Costa e Silva. O florianismo se transformou numa corrente constante da cena política brasileira, especialmente nos meios militares, e conhecer suas raízes nos ajuda a entender melhor os caminhos (e descaminhos) da República brasileira a partir do século XX.
Pietro Sant’Anna
- ATENÇÃO: Livro usado
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